Nota Introdutória: este artigo centra-se no espaço temporal limitado entre um primeiro acordo verbal (Clube/Jogadores) e a entrada da ficha de inscrição na Associações de Futebol. Fora deste espaço temporal, as ideias expostas neste artigo não se coadunam. Realidade do Futebol Amador. Como em tudo na vida, existem bons e maus agentes desportivos no futebol. Esses ditos agentes desportivos (sejam eles Empresários, Diretores e/ou Treinadores) que são maus "profissionais", para o bem do futebol deveriam dedicar-se a outra coisa. Escrevo sobre todos aqueles que numa altura em que os campeonatos distritais estão prestes a começar, continuam a "assediar" jogadores, que já se comprometeram com outros clubes. Muitas vezes, aproveitam-se dos sonhos, sobretudo dos jogadores mais jovens, para lhes prometerem Mundos e Fundos, falando de “Projetos”, que a maior parte das vezes não passam de palavras/ideias soltas, onde não existe sequer um plano de ação ou um esboço que sirva de linha orientadora para a sua concretização. Estas situações além de não produzirem resultados práticos, demonstram uma grande falta de respeito e ética para com os Clubes adversários. Mas, como se costuma dizer “a culpa não morre solteira”, sendo que quando os jogadores caem nessas falsas promessas e decidem abandonar os clubes onde treinam para ingressar noutro (muitas das vezes, deixando simplesmente de aparecer, sem apresentar qualquer justificação), acabam por demonstrar uma grande falta de carácter, sobretudo quando já existe um compromisso para com o Clube (mesmo que esse compromisso seja apenas verbal, pois na minha opinião a Palavra deveria de ser o bem imaterial mais precioso de qualquer Homem). Então qual a melhor altura para se abordar os jogadores? Na minha opinião, a melhor altura para a abordagem aos jogadores é no final da época desportiva, pois ao contrário do Futebol Profissional, no Amador, quando a época termina, os jogadores são livres para irem para os clubes que desejarem. O grande problema é que com o terminar do último jogo de competição, as equipas deixam automaticamente de treinar. Na minha opinião esta estratégia é errada, pois deveria-se começar logo a estruturar a equipa para a época seguinte, realizando treinos de observação (ao contrário de muitos clubes, que só realizam esses treinos quando iniciam a pré época). Escrevendo sobre a minha experiência pessoal, esta linha de trabalho, permitiu-me construir a equipa praticamente toda ainda no final da época passada, deixando um número mínimo de lugares para algum jogador que surgisse na pré época. Assim no inicio desta época, pude concentrar-me quase exclusivamente na minha equipa, em vez de andar ainda a observar vários jogadores. E sim, escrevi estas linhas, pois tive alguns jogadores da minha equipa que foram contactados recentemente para irem a outros clubes, mas embora ainda sejam jovens (em idade) demonstraram ser verdadeiros homens, pois para além de terem recusado os convites, ainda fizeram questão de mo dizer. Mas também não deixa de ser verdade que no final da época passada, alguns jogadores dececionaram, não porque mudaram de clube (algo que sempre apoiei desde que fossem para melhor), mas sim por faltarem com a sua PALAVRA. É por isso, e vou voltar a repetir o que já escrevi anteriormente, quando construo uma equipa não tenho apenas em conta as características táticas/técnicas dos jogadores, mas também as suas características humanas.
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