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A IMPORTÂNCIA DA COMPETIÇÃO NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS

  • Foto do escritor: Vitor Escudeiro
    Vitor Escudeiro
  • 2 de mai.
  • 3 min de leitura

Nos dias de hoje, a competição é um assunto que gera discussão pois há quem considere que seja algo positivo, mas também há quem tenha opinião contrária, ou seja, há quem considere que seja algo negativo para as crianças e jovens. Embora exista quem defenda que as pessoas não devam competir, a verdade é que a competição está muitas vezes presente ao longo da vida, como por exemplo:

  • tirar boas notas para os jovens poderem candidatar-se aos cursos superiores;

  • nas entrevistas de emprego;

  • quando concorremos a algo;

  • na progressão/promoções das carreiras profissionais...


A competição desportiva, nomeadamente no futebol, não é só sobre ganhar ou perder jogos.

Privar as crianças e jovens de competir (num contexto saudável), é estar a impedir:

  • a que possam aprender importantes lições da vida;

  • o acesso a ferramentas que lhes vão ajudar a superar as adversidades da vida adulta.

No entanto, se o foco da competição é simplesmente a busca do resultado desportivo, acredito que esta se torne uma experiência negativa e possa levar as crianças e jovens à frustração, ansiedade, desmotivação, depressão e/ou abandono da prática desportiva...


Por estes motivos, na minha opinião, a competição não é algo que seja positivo ou negativo. Considero que a competição é neutra, no sentido de que quem lidera o processo de treino e a forma como encara a competição (o treinador, no caso especifico do futebol), é que vai influenciar a que as crianças e jovens tenham uma experiência positiva ou negativa.


De forma a que a competição seja saudável, caberá ao treinador, ensinar aos seus jovens jogadores a:

  • dar o seu melhor, pois quando estão a competir tendem a buscar a excelência;

  • controlar o nervosismo, pois muitas vezes a competição obriga-as a sair da sua zona de conforto;

  • enfrentar o medo;

  • manter o foco;

  • aumentar a confiança, pois quando se sentem confiantes, tendem a arriscar mais;

  • lidar com situações que por vezes não acontecem como querem. Nessas situações aprendem a serem resilientes;

  • não desistir;

  • divertirem-se, pois quando bem orientada, eles divertem-se a competir;

  • definir objetivos pessoais;

  • respeitar as regras;

  • ganhar e perder com desportivismo, pois devem saber lidar de uma forma saudável com o sentimento de orgulho (na vitória) e deceção (na derrota);

  • fair-play.


Por outro lado, a competição por si só, faz com que os jovens atletas:

  • tendem a aprender mais rápido e a ter um rendimento superior porque quando a competição aproxima-se trabalham mais e melhor, e quando estão a competir, tendem a esforçar-se mais levando à superação;

  • fortaleçam a autoestima, pois a autoestima não se ensina, cada um conquista-a. Quando atingem um objetivo, através do seu esforço, ficam orgulhosos e quando falham, mas percebem que conseguem recuperar ficam mais confiantes;

  • aprendam o valor do compromisso. Compromisso com os colegas de equipa, treinadores, adeptos, clube;

  • aprendam o que é espirito de equipa, valores como: empatia, solidariedade, cooperação, união, comunicação, responsabilidade, colaboração, trabalhar em prol de um objetivo comum, respeito...

  • aprendam a ser independentes;

  • tenham um melhor desempenho escolar e uma menor probabilidade de abandonar os estudos;

  • criem novas amizades: com os colegas da equipa, os adversários, adeptos...


A vida adulta é feita de altos e baixos, stress, deceções, alegrias, euforias e de muito trabalho.

Acredito que as crianças e jovens que aprendem a competir de forma saudável e positiva têm maior probabilidade de no futuro contribuírem de forma positiva para a sua comunidade, pois ao longo do seu desenvolvimento, aprenderam diversas habilidades importantes, e serão muito mais propensos a apoiar os seus pares, ajudando-os em momentos difíceis, seja ao nível familiar, profissional e/ou social.


 
 
 

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