PAIS - COLOQUEM-SE NO LUGAR DO VOSSO FILHO(A)

Durante um dia de trabalho, deve deparar-se constantemente com constrangimentos e barreiras (sejam elas de que natureza forem), que tem que ultrapassar para poder cumprir com as suas funções com sucesso.

Imagine agora que trabalha diariamente sobre o seguinte cenário:

- tem um chefe que o ajuda a desempenhar as suas funções mas sem se intrometer diretamente no seu trabalho, dando-o a liberdade de fazer o seu trabalho e tomar as suas decisões;

- no entanto a Direção (Presidente e respetivos sócios da empresa/instituição...) estão constantemente ao pé de si a gritarem enquanto está a trabalhar: seja porque estão a dar indicações sobre o que deve fazer, seja porque estão a criticar o trabalho dos seus colegas, seja ainda porque estão a criticar as barreiras ou constrangimentos com que se depara ao longo do dia.

Perante este cenário responda:

- No final desse dia de trabalho como se sente?

- Se este cenário se repetir diariamente, ao fim de 1 ano de trabalho como se sente?

- Quanto tempo aguentaria este cenário?

O mais provável é que ao fim de algum tempo estivesse a mudar de emprego, assim que houvesse oportunidade.

Agora, troquemos o cenário:

- Você pelo seu filho(a);

- O "Dia de Trabalho" pelos dias de jogos de futebol;

- Os "Constrangimentos/Barreiras" pelos adversários;

- O "Chefe" pelo treinador;

- Os membros da "Direção/Sócios" pelos pais, os diretores e também alguns treinadores.

Se este é o cenário diário do clube onde o seu filho joga, então responda:

- Como acha que o seu filho se sente no final do jogo?

- Como acha que o seu filho se vai sentir no final de uma época desportiva?

Se as respostas anteriores foram negativas, então não fique surpreendido se algum dia o seu filho chegar ao pé de si a informá-lo que já não quer jogar futebol, pois tal como você, ele não gosta deste tipo de ambiente.